quarta-feira, 5 de maio de 2010

Procuradora aposentada é acusada de agredir filha adotiva de 2 anos

Procuradora aposentada é acusada de agredir filha adotiva de 2 anos
Polícia abriu um inquérito para investigar o caso.
Conselho Tutelar registrou uma queixa de maus-tratos.
Do Jornal da Globo

Uma procuradora de Justiça aposentada é acusada de agredir a filha adotiva de dois anos, no Rio. No último dia 15, logo após receber a denúncia, o Conselho Tutelar retirou a menina do apartamento onde morava com a mãe, em Ipanema, na Zona Sul. A polícia abriu um inquérito para investigar o caso e começou a ouvir as testemunhas nesta segunda (26).

Segundo o conselheiro, a criança estava no chão do terraço onde fica o cachorro da procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes. De lá, a menina foi levada para um hospital. Com os olhos inchados, ela precisou passar três dias internada.

Na delegacia, o Conselho Tutelar registrou uma queixa de maus-tratos e apontou a procuradora como a única responsável pela violência. Uma gravação que teria sido feita dentro do apartamento da suspeita mostra um dos momentos de agressão. A voz seria da doutora. O choro seria da menina adotada por ela há pouco mais de um mês.

Uma empregada que trabalhou para a promotora, que não quis se identificar, afirmou que a doutora agredia a menina. “A doutora Vera acordava com a garota. Dava bom dia e ela não respondia, era motivo pra bater nela. Aí batia muito. Batia no rosto, na cara e puxava o cabelo”.

Agressões
Abandonada pela mãe num abrigo, a menina de dois anos foi levada em março para o amplo apartamento de luxo da promotora, em Ipanema, onde ela teria sofrido agressões e humilhações. Segundo a empregada, a doutora batia na criança na frente dos outros funcionários da casa.

“Ela (promotora) levantou a garota pelo cabelo e dava mais, levou até o quarto dando tapa", afirmou uma babá que também trabalhava para a promotora.

Por causa da violência que dizem ter presenciado, as funcionárias abandonaram o emprego. Agora elas são as principais testemunhas do caso. A empregada contou que a menina não pedia ajuda: “Não pedia. Só chorava. Não tinha como pedir, porque ela não podia chegar perto da gente”, completou a doméstica, que completou dizendo que não chamou a polícia por medo: “Ela sendo uma pessoa poderosa, a gente tinha medo mesmo”.

"Dane-se", diz promotora
Por telefone, a promotora desqualificou a denúncia: “Meu senhor (riso) eu... sem resposta”. Ao ser questionada sobre a denúncia, a doutora respondeu: “Meu senhor, dane-se! Azar, azar. Que tenha vinte.”

O chefe da procuradora aposentada, Cláudio Lopes, também determinou a apuração da denúncia. “Em tese, você pode ter a caracterização de delito de maus tratos, pode ter uma simples lesão corporal, ou, dependendo das provas, pode até se caracterizar um delito de tortura”, disse.

A juíza titular da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Ivone Caetano, garante que a procuradora perdeu o direito de tentar novas adoções. “Ela já mostrou o perfil dela. Por que nós vamos colocar outra criança a mercê de uma criatura dessa natureza?”.

A nova vida da garota fora do abrigo durou muito pouco. Depois de passar quase um mês na companhia da procuradora aposentada, ela foi levada de volta para a instituição pelo Conselho Tutelar.

“É feito um trabalho psicológico antes de se colocá-la para nova adoção, para que ela perca todo o trauma recebido por tal tratamento”, completou a juíza.
Fonte:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/04/procuradora-aposentada-e-acusada-de-agredir-filha-adotiva-de-2-anos.html

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Gente, o mais interessante é a última frase da matéria:
"É feito um trabalho psicológico antes de se colocá-la para nova adoção, para que ela perca todo o trauma recebido por tal tratamento, completou a juíza".

Essa Juíza mora em que planeta? A criança não é um objeto para descartar trauma só apertando um botão, essa lembrança e esse mal estar estarão em sua memória a vida toda, ela não é um objeto que sofreu mau uso e agora será recuperado para um novo dono comprá-lo, pois ainda está na garantia. E não foi um tal tratamento, foi praticamente tortura! Acorda!!!!! E se fosse sua filha, doutora tal?
Devemos encarar as perdas da crianças em ter feito interface com esta senhora e temos que encarar o sofrimeto dela, validá-lo, repeitá-lo e, ainda assim, esta criança continuará sendo digna e merecedora de uma família que a ame, pois ela não perdeu o que é de mais nobre, a humanidade. Ela continua sendo um ser humano, alguém com sentimentos e com o desejo de ser amado e é isso o que importa. O trauma validado, reconhecido não a diminue.
Terá sempre alguém maduro e corajoso o suficiente para adotar uma criança que passou por situações conflituosas e, acredite, muitas crianças abrigadas superam situações e memórias difíceis de foma muito mais forte e otimista que muitos adultos por aí. O sofrimento não faz de ninguém delinquente, violento e não merecedor de amor.

A Senhora procuradora que adotou é que deveria ser melhor avaliada antes de ser habilitada e não expor a criança e depois colocá-la para que o psicólogo faça uma mágica para que ela "perca o trauma recebido por crime de tortura". Psicólogo não faz mágica! Antes de tudo reformem o processo de avaliação de suas Varas, sejam cuidadosos com todos os interessados em se habilitar, não favoreçam.
Será que a procuradora foi avaliada para ser habilitada? Será que por ser autoridade não fizeram "vista grossa"? Será que passou por todas as avaliações necessárias como todos os outros cidadãos "não autoridades"?
Ela só perderá o direito de realizar novas adoções? Só isso? Mas isso é uma coisa obvia! Mas ela não irá sofrer nenhuma punição por ter maltratado a criança?

Eu já atendi uma promotora pública, com traços psicológicos esquizofrênicos, queria adotar uma criança que já estava vivendo em quase cárcere privado em seu apartamento e estava servindo de dama de companhia para sua irmã esquizofrênica. Procurei impedir a habilitação dela até que pegaram no flagra o teatro armado na casa esquizofrenizante.

Será que só porque elas passaram num concurso público e se tornaram "autoridade" , têm o direito a fazer besteiras por aí?



“Um torturador não comete crime político. Um torturador é um monstro, é um desnaturado, é um tarado. Um torturador é aquele que experimenta o mais intenso dos prazeres diante do mais intenso sofrimento alheio perpetrado por ele." (Ayres Britto)


Por Cintia Liana
http://psicologiaeadocao.blogspot.com/2010/04/procuradora-agride-filha-adotiva-de-2.html

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